No dia 23 de julho deste ano, a Travessa de Ipanema recebeu o mestre Nelson Sargento, que lançou o livro Prisioneiro do mundo.
Os versos de Nelson Sargento são lúcidos, propícios, mas realistas, e revelam que por trás do compositor consagrado mora um lírico de mão cheia. O livro se inaugura com “Prisioneiro do mundo”, primorosa constatação dos limites do homem, e se encaminha para um final cheio de amor, esperança e fé.
Esta edição de Prisioneiro do mundo vem dignificar e dar visibilidade a uma obra que, em versão bastante mais curta, foi editada pela primeira vez em 1994. Agora, com alterações em diversos textos, inclusão de vários novos e montagem cuidadosa, temos um livro verdadeiramente novo.
Prisioneiro do mundo
Sou prisioneiro do mundo
Prisioneiro dos bons e dos maus costumes
Ditados pelos chacais imunes
Tão ilustres vagabundos.
Sigo o rígido comportamento
Que dia a dia impõe bitola
Começou no momento
Em que entrei na escola.
Escalas sociais discriminando
Ideias se dizimando
Num contexto infernal.
Pobre, rico, aventureiro
Nesse mundo alvissareiro
Sou prisioneiro afinal.