Salvador recebeu Juliana com uma chuva! Cenário bem diferente da Bahia de Gabriela, a retirante do sertão que sofre pra conseguir água. Mas Juliana chegou e também já quis logo se refrescar.
“Ontem gravei a sequência que Gabriela chega na cidade com Nacib. Ela vê aquela fonte maravilhosa, um chafariz. E esse desejo por água acaba sendo tão visceral que acaba ficando muito sensual mesmo”, conta Juliana Paes.
As gravações externas de ‘Gabriela’ aconteceram no Parque Nacional da Serra da Capivara, no Piauí, e em algumas cidades da Bahia.
O lugar onde ela estava, apesar de todo o apoio, era um lugar árido, poeirento. “Era difícil, e às vezes, pra ficar imbuída daquilo mesmo, eu ficava sem tomar água, tentando sentir. Ficava sem tomar água alguns dias, pra tentar sentir mesmo o que é a garganta seca. A gente que mora no Rio de Janeiro e tem a praia sempre perto não tem noção da dificuldade que é ficar num lugar seco, árido, que não tem água, que é difícil achar coisa pra comer”.
Maurício Kubrusly e Juliana Paes visitam o templo ao criador de Gabriela: a Fundação Casa de Jorge Amado. É praticamente um templo à Gabriela também.
Gabriela é o romance de Jorge Amado mais traduzido no mundo. Existe em 33 línguas. Incluindo o baianês, que Juliana ainda está aprendendo. Mas uma edição é a mais especial - a original! Pra colocar a mão nela, só com luvas!
E não é que a chuva lá fora parou? Juliana foi pra janela e viu a cidade do alto, como em uma das mais famosas cenas de Gabriela.
Maurício Kubrusly: No filme Gabriela, tem um momento emblemático que ninguém esquece. É o momento que ela ingênua vai buscar uma pipa que ficou no telhado.
Juliana Paes: A cena do telhado! Famosa.
Maurício Kubrusly: Já gravou?
Juliana Paes: Não, ainda não.
Maurício Kubrusly: Mas vai chegar a hora.
Juliana Paes: Acho que sim.
Juliana ainda teve tempo de andar pelas ruas de Salvador e visitar a casa em que Jorge Amado viveu quando jovem.
É claro que Maurício Kubrusly decidiu desafiar a Juliana! Afinal, Gabriela é cozinheira na trama de Jorge Amado.
Maurício Kubrusly: "Então eu vou pedir pra você fazer um acarajé pra gente".
Juliana Paes: "A massa do acarajé é basicamente a massa do feijão com a cebola só. Não leva alho, não leva mais nada. Não pode misturar o dendê com a massa, se cair um pouquinho de dendê aqui, perde-se toda a massa".
E a visita de Juliana acabou assim: com o acarajé aplaudido por toda a cozinha! Como se tivesse sido feito por uma baiana como Gabriela.
