ALDEIAS DE XISTO - CANDAL - LOUSÃ - COIMBRA
Texto da Revista O Campeão das Provincias
Cordenação editorial de Geraldo Barros
MAIO DE 2009
Servida pela Estrada Nacional 236 (que liga os concelhos da Lousã e Castanheira de Pêra), a aldeia do Candal é, provavelmente, aquela que se encontra melhor preservada. Ao subir a estrada sinuosa, tipicamente de montanha, esta é a primeira aldeia serrana das várias que ainda hoje mantém
alguma vida, sobretudo ao fim-de-semana e durante os períodos de férias, ocasiões em que muitos aproveitam para desfrutar da natureza.
Erguendo-se na colina voltada a Sul e formada por três núcleos habitacionais, implantados em cristas rochosas entre os 620 e os 650 metros, a aldeia apresenta entre o casario alguns terrenos aráveis que eram, em tempos, cultivados pelos habitantes. No lugar, ao longo da Ribeira do
Candal, surgem alguns pequenos aglomerados de currais, equipamentos e alfaias agrícolas cujo funcionamento dependia da água.
Olhar para a aldeia do Candal, onde o casario recuperado proporciona uma agradável viagem ao passado, implica entrar na loja “Aldeias do Xisto”, uma montra de sabores e saberes, fruto da história e das “estórias” acumuladas ao longo dos tempos em 24 aldeias serranas espalhadas por 16 concelhos
do Pinhal Interior.
Apesar de ter dividido o povoado – o que levou a que surgissem novas construções rebocadas e pintadas de cores garridas, com arquitectura e aspecto geral bem diferente da imagem escura tão típica das casas de xisto – a Estrada Nacional 236 conferiu à aldeia do Candal uma acessibilidade
que ainda hoje faz deste povoado o mais desenvolvido e que
maior número de visitantes acolhe.