Dois amantes felizes de Pablo Neruda é um hino à felicidade do casal, à cumplicidade que toda união deveria possuir e viver. A esse amor verdadeiro que torna o casal eterno e indissolúvel.
Uma poesia maravilhosa na imagem que oferece Pablo Neruda. Seu amor pela mulher amada, que podemos identificar como Matilde Urrutia, é celebrado como apenas poucos homens conseguem fazer.
Dois amantes felizes faz parte da coletânea "Cem sonetos de amor" de 1959. Para ser exato, é o soneto XLVIII da publicação.
A magia de um quadro feliz do poeta-pintor emerge com evidência em cada verso, em cada estrofe do #poema. Uma poesia em que o amor é celebrado a cada momento do dia.
Poesia "Dois amantes felizes" [Pablo Neruda]
Dois amantes felizes fazem um só pão,
uma só gota de lua na relva,
deixam caminhando duas sombras que se unem,
deixam um só sol vazio numa cama.
De todas as verdades escolheram o dia:
não se mataram com fios, mas com um aroma,
e não quebraram a paz nem as palavras.
A felicidade é uma torre transparente.
O ar, o vinho vão com os dois amantes,
a noite lhes oferece suas pétalas felizes,
têm direito a todos os cravos.
Dois amantes felizes não têm fim nem morte,
nascem e morrem várias vezes vivendo,
têm a eternidade da natureza.
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