Vila de Cachoeiro de Itapemirim (Comarca do Itapemirim - 1886)

2024-05-10 0

História - A sede do município é a vila de Cachoeiro do Itapemirim, que tem data recente, pois a primeira casa construída foi no ano de 1846. Foi principalmente iniciada por pessoas ligadas ao comércio e à agricultura, vindas das províncias do Rio de Janeiro e Minas Gerais. O primeiro comerciante a estabelecer-se aqui foi o Dr. Cypriano da França Horta, e o primeiro fazendeiro foi o Capitão Pedro Dias do Prado, que muito contribuiu para a imigração de diversos amigos e parentes seus.

A freguesia foi criada pela Lei Provincial nº 11 de 26 de julho de 1856, com a denominação de "S. Pedro do Cachoeiro", pertencendo ao município de Itapemirim; elevada à categoria de vila, com a mesma denominação, pela Lei Provincial nº 11 de 23 de novembro de 1864, pertencendo à comarca de Itapemirim, tendo sido instalada em 26 de março de 1867, e o município elevado à comarca com a mesma denominação e separado de Itapemirim, com um só termo. Pela Lei Provincial nº 13 de 28 de novembro de 1878, a comarca foi suprimida e novamente reunida ao termo de Itapemirim, como até hoje se encontra, contra a vontade da maioria de seus habitantes e contra o direito das coisas, visto que este município, pela sua importância agrícola e comercial, tinha o direito, ao menos, de ser a cabeça da comarca, pois é mais rico e mais populoso do que toda a comarca de Itapemirim, antes desta anexação.

Topografia e descrição da Vila - A vila de São Pedro do Cachoeiro, que é a sede do município, está situada em ambas as margens do rio Itapemirim, dispondo de pouco terreno plano para arruamento, por estar cercada de morros mais ou menos altos. As ruas principais são as duas ruas que margeiam o rio, nas quais há boas casas de comércio e indústria; as outras são menos importantes e menos povoadas. Possui duas capelas feitas às expensas de particulares, sendo uma em cada lado da vila. Na capela do lado Norte, celebram-se cerimônias religiosas oficiais, já que a Igreja Matriz, também construída pelo cidadão Antonio Francisco Moreira, que a doou à província, já desabou em ruína.