Os interrogatórios dos réus no caso Backer tiveram início hoje na 2ª Vara Criminal de Belo Horizonte, marcando uma fase crucial do processo que envolve a contaminação das cervejas da marca, responsável por dez mortes.
No primeiro dia, os holofotes se voltaram para os sócios da cervejaria, Ana Paula Silva Lebbos, Hayan Franco Khalil Lebbos e Munir Franco Kalil Lebbos. Eles foram denunciados por fabricar ou vender produtos adulterados. Ana Paula, também diretora de marketing da Backer, afirmou não ter relação com a produção e desconhecer a contaminação.
O advogado dos mestres cervejeiros, em destaque, comentou sobre a natureza dos interrogatórios: "Hoje é o momento onde o réu tem a capacidade de expressar, de falar o que aconteceu na visão deles e explicarem e darem do seu depoimento dar a sua versão. É uma audiência de defesa. Quem são ouvidos são os réus."
Ele esclareceu que, da família processada, foram ouvidos dois irmãos listados como sócios e a terceira sócia da empresa. O advogado ressaltou que, além deles, "têm outros réus que serão ouvidos". Ele indicou que nos próximos dias, serão ouvidos os "funcionários, os mestres cervejeiros, que no caso, são os meus clientes, e o pessoal de manutenção, enfim, todo mundo que trabalha na empresa."
A defesa busca esclarecer os papéis de cada acusado e apresentar suas versões dos acontecimentos. O advogado concluiu: "É o momento dos réus se expressarem, é o momento da defesa. Eles têm a opção de serem ouvidos presencialmente ou tele presencialmente."
O caso, que abalou o cenário cervejeiro nacional, continua a desenrolar-se no Fórum Lafayette, com a promessa de mais revelações nos próximos dias.
Imagens: Gladyston Rodrigues
Texto: Leo Lima