Cinco dias após ter tirado a blusa para conseguir entrar em uma agência do Banco do Brasil no Centro de Jundiaí, a 58 km de São Paulo, a empregada doméstica Doralice Muniz Barreto, de 44 anos, diz ter vergonha de andar na região central da cidade. “Você acredita que tenho vergonha de sair na rua? Até a roupa que eu vesti naquele dia deixei em casa e não uso mais para as pessoas não me reconhecerem”, disse nesta segunda-feira (9 de março de 2009) ao G1.
Na tarde da quarta-feira (4), Doralice foi até a agência bancária situada na Rua da Padroeira. Ela diz que vai com freqüência ao banco para realizar depósitos e descontar cheques. Vestida com bermuda de tecido, blusa regata branca e sandália estilo plataforma, a doméstica foi até a agência e por várias vezes tentou entrar no local, sendo em todas elas barrada na porta giratória detectora de metais. As imagens foram gravadas por celular por Érica Cristina dos Santos, filha da costureira Cleide Aparecida dos Santos Silva. As duas estavam no banco no momento da confusão.