Brasil e China avançaram em acordo para excluir o dólar como moeda de referência nas transações financeiras entre os dois países. A ideia é substituir a moeda norte-americana pelo yuan. Ambos os países assinaram um memorando de entendimento para a criação de um modelo financeiro.
Durante o programa Hora H do Agro deste sábado, 1º, o economista André Perfeito classificou a ideia como ousada. Ele explica que esse movimento faz parte de um jogo geopolítico entre EUA e China, e que o Brasil possui ‘tamanho’ para exigir que os americanos ‘cubram’ a oferta. “Espero que a gente venda caro isso porque é um privilégio muito grande [ter o Brasil negociando em yuan], especialmente em uma área sensível que é a produção de alimentos”, afirma.
Já Antonio da Luz, economista-chefe da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul, questiona se é momento de o Brasil se envolver em uma disputa entre EUA e China. Ele ressalta que o dólar é uma moeda estável e que como o agronegócio é um setor que precisa importar insumos, excluir a moeda americana traria impactos importantes.
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