A ministra Cármen Lúcia e o ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), protagonizaram, nessa quinta-feira (24/11), um debate sobre preconceito religioso durante o julgamento da Arguição de Descumprimento Fundamental (ADPF) 634, que discute a competência do município de São Paulo para instituir o dia 20 de novembro como feriado do Dia da Consciência Negra.
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Durante fala no julgamento, Mendonça disse que sabe dos preconceitos existentes no Brasil porque os “segmentos religiosos também sofrem preconceitos”. Sem esperar que o ministro terminasse a fala, Cármen o interrompeu: “Principalmente os de matrizes africanas, não são os evangélicos, não são os católicos. No Brasil, o preconceito é contra as religiões de matrizes africanas”.
Mendonça, que é pastor evangélico, respondeu a ministra argumentando que as religiões evangélicas também sofrem preconceito e afirmou que, em sua visão, cabe ao Congresso Nacional editar uma lei nacional instituindo o feriado, e não ao município, voltando ao núcleo norteador de seu voto.
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