Manifestantes contrários à visita do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) a Pádua, no norte da Itália, e a polícia entraram em confronto nesta segunda (1º). Uma ativista foi presa em meio à confusão.
Por volta das 16h, no horário local, participantes de um ato anti-Bolsonaro tentaram romper o bloqueio de agentes para marchar até a basílica de Santo Antonio, que o brasileiro pretende visitar.
Diante do cordão de segurança, a ativista Laura enfrentou os policiais, que por sua vez a prenderam. Na sequência, os manifestantes partiram para cima dos agentes, que responderam com jatos d'água.
Em imagens captadas pela TV italiana Rai, os ativistas usaram mastros de bandeiras, enquanto os policiais enfrentavam os manifestantes com escudos, cassetetes e bombas de gás lacrimogêneo.
Após o uso dos jatos d'água, a tensão diminuiu, e os ativistas passaram a marchar pelas ruas do centro gritando "liberdade, liberdade". Mattia Sascina, um dos organizadores do protesto, disse à Folha que os atos seguirão até que a manifestante seja liberada. "Foi uma truculência muito grande, não esperávamos."
Também de acordo com Sascina, um outro ativista foi levado ao hospital com ferimentos.
Ainda que Bolsonaro vá visitar a basílica em Pádua, não haverá ninguém para recebê-lo oficialmente. Nem o prefeito Sergio Giordani nem membros da igreja se dispuseram a encontrá-lo.
O protesto na cidade, que reúne cerca de mil pessoas, é o segundo do dia enfrentado por Bolsonaro. Em Anguillara Vêneta, onde foi mais cedo, o presidente brasileiro também foi alvo de ativistas que o chamam, na maioria das vezes, de genocida, em crítica à condução que impôs à pandemia de Covid-19 no Brasil.