Momento Empresarial: Após abertura de mercado de revenda, Guedes propõe delivery de combustível

2021-08-21 1

O ministro Paulo Guedes e sua equipe econômica defendem a implementação massiva de aplicativos de delivery de gasolina e etanol para ampliar a concorrência e derrubar o preço dos combustíveis depois da abertura total do setor de revenda.

A ideia é que as plataformas operem como uma espécie de iFood dos postos. Anteriormente, a proposta havia sido defendida pelo Ministério da Economia durante uma nota técnica encaminhada no mês de julho para a Agência Nacional de Petróleo (ANP) em resposta à minuta de uma consulta pública acerca do novo marco regulatório do mercado.

Entretanto, a agência foi calcada pelo governo que liberou uma medida provisória (MP) na semana passada colocando um ponto final nas restrições de compra de combustíveis pelos donos de postos.

Isso porque, antes, os postos com bandeira, ou seja, que levam a marca da distribuidora, eram vetadas de vender combustíveis de outros fornecedores. Em suma, as mudanças buscam a livre iniciativa empresarial.

“Essa tecnologia já é corriqueira em entregas e, talvez, resulte em um controle até maior das atividades de abastecimento da solução de delivery de combustíveis, surgida por meio da ampliação do uso de aparelhos celulares”, explicou o ministério da Economia em nota.

A ANP colocou para consulta pública algumas regras pré-definidas para a liberação e funcionamento dos aplicativos em larga escala. Uma delas exige que o veículo responsável pelo delivery poderá carregar até 2.000 litros de combustível e que a venda só será autorizada quando efetuada dentro do mesmo município.

No momento, o único aplicativo em exercício é o GoFit, lançado pelos donos da Refit e que conta com mais de 90 mil downloads. Por enquanto, a iniciativa atende apenas três bairros do Rio de Janeiro. Assim que a compra é fechada, uma caminhonete leva o combustível até o condutor para o abastecimento, evitando a necessidade de se descolar até um posto.

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