"Pra mim a cerâmica é sim um estilo de vida". A afirmação de Flávia Soares não é por acaso. Uma das sócias d’O Ateliê de Cerâmica que fica em Contagem, cidade industrial mineira próxima à Belo Horizonte, a designer dedicou boa parte de sua vida ao trabalho artesanal de criar peças únicas. Com o tempo, o negócio acabou se tornando familiar e envolveu seus dois filhos neste laboratório de ideias.
Tudo começa em 2002, quando Flávia passa a estudar de perto a fabricação artesanal de objetos cerâmicos. A trajetória da designer foi acompanhada com curiosidade pelos filhos Luíza Soares e Daniel Romeiro que, mesmo trilhando outros caminhos, terminaram por encontrar no ateliê da mãe o espaço para amadurecimento profissional e criativo.
"O contexto que a gente vive de massificação industrial afasta muitas pessoas dos processos. Então, na maioria das vezes a gente não sabe o que a gente tá consumindo. Não sabe de que material ele é feito, como aquilo foi feito e baseado em quais relações", filosofa o designer Daniel Romeiro, sobre a importância do processo artesanal da cerâmica.
Desde 2012, os três ceramistas se desafiam em um processo cotidiano de autodidatismo e experimentação em contato com a terra. Além de levantar a bandeira de retomada do ofício artesanal, de seu prestígio e sua importância para o cenário urbano e para as relações construídas dentro das cidades.
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