A pré-temporada da Fórmula 1 exibiu um equilíbrio de forças incomum. Enquanto a Red Bull se mostrou consistentemente forte, a poderosa Mercedes encontrou problemas e viveu três dias de testes marcados por falhas de câmbio, além de um carro que se mostrou difícil de entender. E se o cenário se tornou complicado de se analisar entre as duas principais equipes, o pelotão intermediário também se apresentou de forma misteriosa.
Equipes como McLaren e Alpine já entendem que a F1 tem a chance em 2021 de ver um bloco mais compacto, ainda que liderado pelos alemães e pelos austríacos. Isso porque os dois times tiveram um desempenho muito sólido no Bahrein. A esquadra de Woking chegou a liderar a tabela com Daniel Ricciardo e foi capaz de testar diferentes elementos aerodinâmicos, sem grandes contratempos. Já a equipe francesa colocou na pista um carro de enorme confiabilidade.
Só que o bloco central ainda trouxe uma AlphaTauri bem-nascida, forte e rápida nas mãos de Pierre Gasly e Yuki Tsunoda. A Ferrari parece ter encontrado o caminho das pedras com o novo motor, o que beneficia diretamente a Alfa Romeo, que esbanjou quilometragem em Sakhir. A Williams também parece ter dado um passo à frente. A única questão mesmo ficou em torno da Aston Martin, que pouco testou por conta de problemas no motor e na caixa de câmbio da Mercedes.
Portanto, o GP às 10 lança a questão: é possível imaginar um grid mais compacto em 2021?