O programa de compliance do Partido Social Liberal (PSL), sigla do presidente da República, Jair Bolsonaro, terá um controle para evitar que pessoas antes ligadas a partidos de esquerda sejam candidatos ou integrem diretórios regionais da legenda.
Segundo levantamento feito pelo jornal Folha com base em dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), dos 271 mil filiados ao PSL, cerca de 10,6 mil (4%) já estiveram em siglas identificadas com a esquerda, como PT, PDT, PSB, PSOL, PC do B, PCB, PSTU e PCO.
Já entre os 145 políticos que o PSL elegeu nas eleições de 2018, 78 estiveram em outras siglas antes. Destes, 19 passaram por partidos de esquerda.
Comum no mundo corporativo, o compliance representa uma série de procedimentos e normas para assegurar a conduta ética. No PSL, a ideia é implementar o modelo nos próximos 15 dias.
No âmbito desse programa, haverá um sistema eletrônico para fazer uma triagem ideológica dos membros do PSL. O fato de terem sido de outros partidos não impedirá, porém, a filiação no PSL.