O fazer incontido da periferia demonstra a sua força. Aquela cultura que “gente de nariz em pé” renega ou finge que não vê, sem dúvida escancara geral, existe, é real e dá lucro. Ela também pode simbolizar prazer e felicidade para muita gente. É certo, “A voz do povo é a voz de Deus”. É assim que nascem ídolos, protetores, fazedores de milagres, lideranças comunitárias, “donos do pedaço” e sendo mais preciso, artistas populares, como a Leo Kret do Brasil . Que desponta pelos quatro cantos de Salvador sem passar, por enquanto, pelo marketing da midia forte.
O que eventualmente poderia parecer “ mais um dos tantos garotos fechativos, existentes nos arredores da capital baiana” em pouco tempo virou um espécie de “fenômeno da quebradeira”, ou seja, alguém que consegue sob o ritmo frenético do pagode chamar a atenção sobre si, ser o êxtase total por alguns momentos e se fazer copiar pela massa. Assim é a Leo Kret do Brasil, que inclusive é título de música. Tem um hit só para ela. Anotem, a criatura está com um pé no pop e outro no cult.
Como recado final a Leocret deixa um beijo enorme para todos os fãs e recomenda que escutem pagode, de manhã, de tarde e de noite, pois esta música é o melhor antídoto para a tristeza, a quebradeira da Leo Kret faz o velho ficar novo e o doente ficar são, é como uma religião que faz bem! Ah! Santa Leo Kret, rogai por nós!!! Fé nela! Um dia ela chega lá! Este vídeo, entrevista ao Marccelus, do site Portal Marccelus [ www.marccelus.com ] foi realizado em 2006, na sede do Grupo Gay da Bahia em Salvador.
