Segundo Folques, na segunda quinzena de Março de 1974, a situação no canto Nordeste do teatro de operações da Guiné era crítica e deteriorava-se rapidamente. Canquelifá estava a ser diariamente bombardeada com morteiros 120 mm, foguetões e canhões sem recuo. Havia indícios de que se preparava um assalto com tropas de infantaria à localidade, cuja guarnição estava nos limites da resistência física e psíquica (CCaç 3545 com milícias e artilharia). O comandante-chefe, Bethencourt Rodrigues, determinou que o Batalhão de Comandos fosse resolver a situação. Pela análise fotográfica, concluiu-se que o In organizava as suas bases de fogos em duas posições, pelo que as Companhias de Comandos foram lançadas em direcção a estas duas posições, para desarticular e desbaratar o agressor. Duas Companhias de Comandos dirigiram-se para as bases de fogos e assaltaram as respectivas posições. O inimigo retirou com pesadas baixas, infligindo às nossas tropas 3 mortos e 20 feridos. Folques comenta que os heli-canhões estacionados em Nova Lamego demoraram muito tempo a chegar à zona de combate, tendo tido uma acção reduzida na exploração do sucesso obtido. Fez-se uma recolha significativa do material capturado e nos dias seguintes a região foi batida, tendo havido contactos esporádicos com bigrupos In. Folques refere ainda que esta operação consolidou a posição de Canquelifá, tendo o In perdido uma bateria de morteiros pesados, dado que foram capturados três morteiros de 120 mm completos, mais uma culatra, dois tripés e um prato base. O In terá sofrido 26 mortos confirmados.