O rap parece ter feito um círculo completo. Lá nos seus primórdios, ocupava o largo são bento, centro da cidade de São Paulo, sem se importar com quem torcesse o nariz para aqueles meninos pobres, negros, de periferia, que usavam as calçadas lisinhas para deslizar nos passos arriscados do break.
Quase três décadas depois, com seus ídolos consagrados para muito além das fronteiras do gueto, ainda há quem torça o nariz. O mesmo governo do estado que patrocina um festival de hip-hop, como o de Itaquera, em novembro de 2016, por exemplo, manda um aparato repressivo assustador para o local do show. E deixa nas entrelinhas que política não deve fazer do repertório.
Mas a dança, as artes plásticas, a música e a poesia, que são os quatro elementos que compõem o movimento, sobrevivem.
A força do Hip Hop é o tema do Bom Para Todos.