Paradise Papers: Como os mais ricos fogem aos impostos

2017-11-06 2

São 13,4 milhões de documentos que mostram as ligações de mais de 120 líderes mundiais e estrelas da música e do desporto com os paraísos fiscais.

Os “Paradise Papers” incluem nomes como a rainha Isabel II de Inglaterra que, segundo a BBC e o jornal The Guardian, tem investimentos equivalentes a 13,8 milhões de euros nas Ilhas Caimão e nas Bermudas; o secretário do Comércio do governo de Donald Trump, Wilbur Ross, através das ações na companhia de navegação, Navigator; ou ainda estrelas como Bono ou Madona.

A investigação foi realizada pelo Consórcio Internacional de Jornalismo Investigativo (ICIJ), em parceria com o jornal alemão, Süddeutsche Zeitung e mais 94 órgãos de comunicação.

O jornalista do Süddeutsche Zeitung, Bastian Obermayer, diz que não é porque uma coisa é legal que se torna legítima ou moralmente correta. Estamos a olhar para isso. São milhões de milhões que estão a desparecer e deviam ir para os impostos”.

A análise dos documentos durou cerca de um ano e a maior parte das fugas tem origem nos registos do escritório de advogados Appleby e do provedor de serviços corporativos, Estera. A Appleby, fundada nas Bermudas tem escritórios tabém nas Ilhas Virgens Britânicas, nas Ilhas Caimão,em Hong Kong e em Xangai.

Entre as dezenas de milhares de clientes da Appleby, a maioria são norte-americanos, seguidos de britânicos, chineses ou canadidanos.

Après Luxleaks, Panama papers, voici Paradise papers.Les États membres de l’UE doivent désormais agir ensemble contre l’optimisation fiscale— Jean Arthuis (@JeanArthuis) 5 novembre 2017

OXFAM REACTION TO PARADISE PAPERS https://t.co/108VB0×1Op via OxfamAmerica— Amalie Duvall (AmalieDuvall1) 6 novembre 2017