Os sinais de confrontos ainda são visíveis em várias partes da cidade de Kisumu, um dos bastiões do líder da oposição Raila Odinga, no oeste do Quénia.
A jornada deste sábado parece ser de aparente regresso à tranquilidade depois do adiamento indefinido das presidenciais em algumas zonas da oposição.
Na sequência do apelo ao boicote – por parte de Odinga – e perante os episódios de violência entre os habitantes e a polícia de choque, as presidenciais de quinta-feira acabaram por ser canceladas em quatro regiões que são bastiões da oposição.
“A situação política afeta-nos bastante porque não existem movimentos. Somos espancados por polícias, mas na verdade não sabemos se são polícias ou elementos da milícia Mungiki. Se fossem polícias deveriam proteger-nos em vez de nos bater”, denuncia Millicent Ogombe, comerciante.
Em Nairobi, a capital, também se registaram confrontos assim como em Mombaça.
O líder da oposição retirou-se da corrida eleitoral acabando por deixar o atual chefe de Estado, Uhuru Kenyatta, sem adversário.
Apenas 35% dos eleitores votaram e Kenyatta conseguiu 97% dos votos mas, de acordo com a imprensa local, a abstenção deverá enfraquecer o mandato.
Pelo menos seis pessoas morreram na violência relacionada com estas presidenciais. As eleições de agosto foram anuladas pelo Supremo Tribunal por irregularidades.