Da prisão para a manifestação. O líder da oposição russa, Alexei Navalny, foi libertado esta manhã depois de cumprir mais 20 dias de prisão por organizar protestos não autorizados.
O opositor a Vladimir Putin anunciou que vai retomar a sua campanha para as presidenciais de Março, já este domingo, com um discurso numa concentração em Astrakhan, no sul do país, de sta vez permitida pelas autoridades locais. Irónico, o político de 41 anos, afirma nas redes sociais ter tido tempo, na prisão, “para ler 20 livros, beber 80 litros de chá e aprender algumas palavras da língua quirguize”.
Привет. Я вышел. За 20 суток прочитал 20 книг, выучил несколько слов на киргизском, выпил литров 80 чая и не менее 60 раз прослушал песню "Дай мне слово ведь я тамада" по радио. Готов к работе. Сегодня вечером выступаю на митинге в Астрахани: парк "Дружба" (бывший парк АТРЗ), остановка "Жилгородок". В 18-00. Приходите. #спецприемник #арест #астрахань #тамада #рахмат #нучечайку Une publication partagée par Алексей Навальный (@navalny) le 22 Oct. 2017 à 0h02 PDT
Desde o início do ano que o ativista contra a corrupção totaliza mais de 60 dias de prisão por convocar protestos de rua que reuniram dezenas de milhares de pessoas, somando três condenações a penas de entre 15 e 25 dias de detenção.
Mas o maior desafio à sua candidatura ao Kremlin permanece a proibição de que se apresente a um sufrágio até 2028, em virtude de uma pena suspensa por corrupção, uma sentença com motivações políticas, segundo o candidato.
O regresso à campanha de Navalny ocorre num momento em que Vladimir Putin mantém o silêncio sobre a candidatura a um quarto mandato na presidência e em que uma nova rival, a apresentadora de televisão Ksenia Sobtchak, filha do mentor político de Putin, se lançou também na campanha, segundo os críticos, para tentar dividir a oposição liberal representada até hoje apenas pelo “blogger” e ativista.