Foi em setembro de 2013 que o rapper e ativista grego Pavlos Fyssas morreu, vítima de esfaqueamento, no bairro de Keratsini, no Porto de Pireu.
Quatro anos depois, a família do cantor, conhecido organizou uma marcha em memória do artista, conhecido pelo nome artístico Killah P.
Giorgos Roupakias, assassino confesso do artista, é membro do partido de extrema-direita Aurora Dourada. O julgamento encontra-se em curso e não deverá concluir até final do próximo ano.
Διαδήλωσαν τιμώντας τη μνήμη του Π. Φύσσαhttps://t.co/kGpbwDMYbe pic.twitter.com/DGCRzLjVJp— ΕΡΤ Α.Ε. (@ERTsocial) 18 de setembro de 2017
Entretanto, Roupakias foi posto em liberdade, ainda que se encontre vigiado pelas autoridades, depois de ter permanecido 18 meses em prisão preventiva.
O protesto começou junto ao busto erguido em memória de Pavlos Fyssas, em Keratsini e terminou perto do porto de Pireu.
Participantes pediram encerramento dos escritórios do Aurora Dourada
Os participantes pediram o encerramento imediato de todas as delegações do partido Aurora Dourada na Grécia.
Segundo o correspondente da Euronews, parte dos manifestantes utilizava máscaras.
Durante a marcha, alguns lançaram pedras. O corpo de intervenção respondeu com gás lacrimogéneo e granadas de atordoamento. Foram detidas pelo menos três pessoas.
Alguns dos manifestantes atacaram depois um supermercado. Pelo menos cinco pessoas ficaram feridas, duas das quais, um jornalista e um repórter de imagem.
O assassinato de Pavlos Fyssas deu origem a uma queixa na Justiça contra o partido Aurora Dourada, num processo que se arrasta nos tribunais gregos há dois anos.
Quase 70 membros do partido, incluido o líder Nikolaos Michaloliakos, foram acusados de atividades relacionadas com o crime organizado.
Em causa, a morte de Fyssas, mas também ataques contra membros de organizações próximas do Partido Comunista da Grécia (KKE, sigla em língua grega), assim como contra migrantes e críticos do partido.
Com António Oliveira e Silva