O presidente brasileiro responde às novas acusações de corrupção vindas do procurador-geral do país, ao considerar “absurdas” as denúncias de obstrução à justiça e liderança de uma organização criminosa. Num comunicado publicado ontem, Michel Temer, afirma que Rodrigo Janot, “prossegue com a sua marcha irresponsável para encobrir os seus erros”.
O Supremo Tribunal vai agora debruçar-se sobre os novos elementos, quando outras seis pessoas próximas do chefe de Estado, entre as quais dois ministros do governo, são igualmente acusadas de formarem uma rede de corrupção que teria desviado cerca de 158 milhões de euros de empresas e organismos públicos.
“A imagem que se revelou da nossa organização política é pungente, o Brasil, tal qual um paciente submetido a gravoso tratamento, convulsiona no processo curativo do combate à corrupção”, declarou ontem Janot.
O atual procurador-geral termina o mandato esta semana antes de ser substituído por uma magistrada designada pelo chefe de estado. Trata-se da segunda acusação de Janot contra Temer, acusado já de “corrupção passiva” em Junho. Uma denúncia que tinha sido rejeitada pelo parlamento graças à maioria do partido do presidente.