Os eleitores noruegueses elegem esta segunda-feira os membros do Stortinget, a câmara legislativa unicameral, numas eleições cujas sondagens deixam antever um parlamento dividido entre o centro-direita (85 lugares) e o centro-esquerda (84 lugares). As urnas fecham às 19h00 locais.
Os Conservadores da primeira-ministra Erna Solberg, acreditam que uma descida dos impostos é a fórmula acertada para dar força ao crescimento económico.
Os Trabalhistas de Joan Gahr Stoere, por outro lado, querem que os impostos continuem a financiar os serviços públicos essenciais, como a educação e o sistema de saúde público.
Executivos de coligação
O resultado das eleições e a formação de alianças governamentais poderá, nesta legislatura, ter um impacto na indústria petrolífera.
Isto porque tanto Conservadores como Trabalhistas dependem de partidos mais pequenos para formar um Executivo e grande parte das forças políticas deseja impôr limites à exploração de petróleo no águas do Ártico.
Forskere frykter at det politiske spillet får folk til å bli hjemme på valgdagen.https://t.co/U6V6dinNFj pic.twitter.com/hGkibR1ln8— NRK (@NRKno) 11 de setembro de 2017
A indústria petrolífera é um dos setores mais importante para a economia do país escandinavo.
O sistema eleitoral norueguês é de representação proporcional e inclui uma regra que favorece as forças políticas que consigam pelo menos 4% dos votos. Um mecanismo que favorece a presença dos partidos com menor representação na câmara e que tende a foverecer executivos de consenso.
Uma situação económica sem igual no velho continente
Os problemas económicos e sociais da Norguega e dos seus cidadãos são considerados de menor dimensão, quando comparados com os dos seus vizinhos europeus, numa União Europeia que batalha para abandonar uma crise económica, financeira e de identidade.
A taxa oficial de desemprego era, no ano passado de 5%, o valor mais elevado dos últimos 20 anos. Os últimos dados oficiais, no entanto, apontam para uma descida para os 4,3%. Enquanto isso, os níveis de confiança do consumidor atingem os níveis mais elevados da última década.
A Noruega conta com um fundo soberano de quase um bilião de dólares norte-americanos, considerado como o primeiro entre todos os Estados membros da Organização das Nações Unidas.
Em 2015, o país era o primeiro na lista do Índice de Desenvolvimento Humano do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), com 0,949 pontos, seguido da Austrália e da Suíça.
Com Reuters