O anúncio do fim do programa DACA, que protegia cerca de 800 mil jovens chegados clandestinamente aos Estados Unidos e lhes permitia estudarem, provocou manifestações de protesto por todo o país.
A mensagem chegou no primeiro dia de aulas para milhões de estudantes americanos.
Numa conferência de imprensa, em Nova Iorque, uma jovem, Flor Reyes, exprimia-se inconsolável:
“Não sei como vou chegar a casa logo e dizer à minha mãe que a ajuda que lhe tenho vindo a dar, já não existe. Neste momento temos que manter-nos de pé e temos que garantir que o congresso se responsabiliza por aquilo que nos prometeu”.
Uma das primeiras reações chegou de Barack Obama, o obreiro deste programa. O antigo presidente escreveu num tweet “atacar os jovens lutadores e cheios de esperança que cresceram aqui esté errado, porque eles não fizeram nada de mal. Leiam o meu texto no Facebook”.
To target hopeful young strivers who grew up here is wrong, because they’ve done nothing wrong. My statement: https://t.co/TCxZdld7L4— Barack Obama (@BarackObama) 5 septembre 2017
No texto do Facebook, Obama escreve que a decisão é “cruel” e “contraproducente” e pede ao congresso que aprove uma lei que resolva a situação com um “sentido de urgência moral”.
Face às reações, Donald Trump afirmou ter “admiração e compaixão” pelos jovens imigrantes que estão no país a coberto do programa DACA e, mais tarde, num tweet escrevia que o congresso vai ter seis meses para legalizar o DACA e se não conseguir, ele voltará ao assunto.
Congress now has 6 months to legalize DACA (something the Obama Administration was unable to do). If they can’t, I will revisit this issue!— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 6 septembre 2017
Ainda vai ser preciso que o congresso esteja de acordo com o presidente. O senador republicano, Lindsey Graham diz que o presidente tem que se envolver nesta questão e aconselha-o a pegar no telefone para convencer os congressista.