A guerra verbal – com troca de mensagens e manifestações de força – entre a Coreia do Norte e os Estados Unidos ainda não passou do plano das ameaças, mas as consequências possíveis de um confronto real são motivo de instabilidade em várias regiões.
A porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, Hua Chunying, disse que a crise se aproxima de uma fase crítica apelou às partes envolvidas na contenda para colocar água na fervura em vez de intensificar as chamas: “Neste contexto, pensamos que ambos os lados deveriam restringir exercícios, tomar decisões responsáveis e corretas para as pessoas dos respetivos países e da região. De forma a aliviarem as tensões e a ajudarem a resolver, de maneira pacífica, a questão da península coreana.”
O líder norte-coreano, Kim Jong-un, disse, por um lado, estar pronto para disparar um míssil contra o território norte-americano de Guam, mas também referiu, em tom provocatório, preferir esperar para ver o que “fazem os tolos dos yankees.”
Dos Estados Unidos veio o alerta de que um ataque “pode escalar rapidamente para uma guerra.”
O chefe do Estado-Maior conjunto dos Estados Unidos, Joseph Dunford, e o homólogo chinês, o general Fang Fenghui, reuniram-se, esta terça-feira, para firmar um acordo de forma a melhorar a comunicação militar.
Temas como as ambições de Pequim pela soberania nos territórios do mar da China e o apoio dos Estados Unidos a Taiwan aumentaram a tensão entre as duas potências, condenadas a entender-se para evitar um conflito na península da Coreia.