Os jiadistas do autoproclamado Estado Islâmico ou Daesh (sigla em língua árabe) encontram-se cercados pelas forças apoiadas pelo exército dos Estados Unidos na cidade síria de Raqqa (norte).
A informação, citada pela agência Reuters, é avançada pelas forças curdas do YKG, que disse também que a conclusão das operações poderia demorar até quatro meses.
Membros das Forças Democráticas Sírias, (SDF, sigla em inglês), uma aliança dominada pelo YPG, cercou os jiadistas do Daesh no centro de Raqqa, nomeadamente na chamada cidade velha.
O SDF tem vindo a travar violentos combates contra os jiadistas do Daesh na cidade de Raqqa, considerada como a capital de facto do autoproclamado Estado Islâmico em território sírio, desde o mês de junho.
Segundo as Nações Unidas, pelo menos 25 mil civis continuam reféns do Daesh no interior da cidade de Raqqa. Pelo menos 300 terão morrido durante os ataques aéreos desde o passado mês de março, diz a ONU.
A operação, no entanto, começou no passado mês de novembro, quando as forças da alliança apoiada pelos EUA ocuparam diversas localidades da região de Raqqa, cortanto os canais de comunicação entre os islamistas e os territórios que ocupavam no norte e nordeste da Síria.
Condições difíceis no terreno
Mas as condições no terreno são difíceis. Os jiadistas defendem-se com recurso a atiradores furtivos, viaturas armadilhadas e bombas no terreno, impedindo os civis de fugirem das zonas que ocupam.
Segundo o SDF, as minas deixadas pelos militantes do Daesh no terreno impedem que as operações avancem de forma mais eficaz.
Numa operação militar diferente, os jiadistas do Daesh foram espulsos de um importante feudo para o grupo armado, a cidade iraquiana de Mossul, no passado mês de julho.
Os atiradores furtivos, conhecidos como snipers são, em muitos casos, oriundos da Chechénia, na Federação russa. Os membros do SDF definem-nos como os mais violentos dos grupos que ocupam a zona.