A calma antes da tormenta.
Mais de 19 milhões de eleitores quenianos preparam-se para eleger, esta terça-feira, um novo presidente.
A escolha entre o líder da oposição, Raila Odinga, e o presidente cessante, Uhuru Kenyatta, promete provocar distúrbios. Os analistas temem que a violência atinja valores semelhantes aos das eleições gerais de 2007 que mergulhou o país em dois meses de conflitos politico-étnicos, que fizeram mais de 1100 mortos e 600 mil deslocados.
Os observadores internacionais salientam que o discurso de ódio esteve ausente de ambas as campanhas.
“No final, cabe aos quenianos fazer esta escolha e cabe às pessoas do Quénia, e aos seus líderes, proporcionar uma atmosfera para que sejam eleições pacíficas. Todos vamos cumprir o nosso papel para observar e para tentar incutir confiança às pessoas”, assegura o antigo secretário de Estado dos Estados Unidos da América e chefe da missão dos observadores internacionais para as eleições quenianas.
A perspetiva de tumultos levou a que o Governo distribuísse, por todo o país, 180 mil efetivos das forças de segurança.
Odinga, que se de candidata pela quarta vez ao cargo mais alto do Quénia, afirmou que a coligação de Kenyatta só conseguirá vencer através da fraude.
O que faz antever a ocorrência de distúrbios.
A tensão tem escalado, nas últimas semana, com o contributo, também, do grupo extremista Al-Shabab, que aumentou os ataques no Quénia, com o aproximar das eleições.