O procurador especial dos Estados Unidos, Robert Mueller, convocou a comparência de um grande júri em Washington, no caso da investigação à alegada interferência do Kremlin nas eleições presidenciais do passado dia 8 de Novembro, segundo o Wall Street Journal.
Isto significa que a investigação entra numa nova etapa. Nos Estados Unidos, os grandes júris são formados para decidir se as evidências recolhidas justificam uma acção judicial.
A investigação aproxima-se da Casa Branca, na opinião de David Levine, professor da Faculdade de Direito da Universidade da Califórnia:
“Se eu estivesse na Casa Branca, preocupar-me-ia com o fato de a investigação ter passado a uma nova fase. Em breve, provavelmente pessoas que estão na administração, ex-membros da administração ou ex-membros da campanha, receberão intimações para testemunhar e apresentar documentos”.
A reação do presidente não tardou. “Esta história da Rússia é uma total fabricação”, disse Donald Trump , na quinta-feira, em Virgínia Ocidental. “É apenas uma desculpa para a maior derrota na história da política americana, não passa disso.”
Robert Mueller começou por investigar o ex-assessor de segurança nacional de Trump, Michael Flynn, que se demitiu no passado dia 13 de Fevereiro.
Recentemente, alargou a investigação ao próprio presidente e aos negócios financeiros de Donald Trump.