0 futuro diretor do FBI, Christopher Wray, garante que é imune à influência do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e que a Casa Branca não deve ter qualquer papel nas decisões do Ministério Público.
Numa audiência de confirmação no Senado (câmara alta do Congresso norte-americano), esta quinta-feira, Christopher Wray, que foi indicado pelo presidente norte americano para ser o futuro diretor do FBI (polícia federal norte-americana),
contrariou as acusações de Donald Trump que a investigação sobre a alegada ingerência russa nas presidenciais americanas era “uma caça às bruxas”.
“O meu compromisso é com o Estado de direito, a Constituição, seguir os fatos, onde quer que eles conduzam. Não há uma pessoa neste planeta que exerça pressão ou influência que me possa convencer a, simplesmente, deixar cair ou abandonar uma investigação meritória e devidamente fundamentada,” afirmou o futuro chefe do FBI.
A audiência acontece numa altura em que as suspeitas sobre uma eventual ingerência russa nas presidenciais de novembro último são reforçadas pela revelação de uma reunião, em junho de 2016, entre o filho mais velho de Trump e uma advogada russa próxima do Kremlin.
Entretanto, o deputado Democrata Brad Sherman apresentou na Câmara dos Deputados, quarta-feira, uma resolução que visa a destituição do presidente dos Estados Unidos, por obstrução às investigações sobre a intromissão russa na eleição presidencial, em parte, despedindo o ex-diretor do FBI, James Comey.
Numa declaração escrita divulgada na véspera da audiência, Comey confirmou, entre outros aspetos, que Donald Trump lhe pediu para abandonar a investigação sobre Michael Flynn, ex-conselheiro de segurança nacional envolvido no caso da alegada ingerência russa nas presidenciais.