A vida do pequeno Charlie desperta muita emoção. À porta do tribunal, em Londres, dezenas de pessoas manifestaram-se hoje contra a justiça, que teima em não decidir sobre envio do bebé a um hospital nos Estados Unidos ou em Itália.
O tribunal deu hoje 48 horas aos país para reunirem provas de que o tratamento experimental pode ser benéfico para o bebé.
“Os pais do Charlie esperam que as novas provas sejam tidas em conta pelo tribunal, esta quinta-feira, 13 de julho, para poderem levá-lo ou para os estados Unidos ou para Itália para o tratamento inovador”, refere o porta-voz da família Gard, Alasdair Seton-Marsden.
O tribunal negou até agora o envio da criança para o estrangeiro, alegando que a viagem pode criar mais sofrimento ao bebé sem garantias de melhoras.
“Numa entrevista telefónica, a mãe de Charlie, Connie Yates, diz que agora tem mais esperança: “Temos estado a viver um inferno absoluto, com todos estes casos em tribunal. Nós queremos o melhor para o nosso filho. Passamos 24 horas por dia com ele e não o faríamos se ele estivesse a sofrer. Ele não está a sofrer. Ele continua a lutar pela vida. Nós só lhe queremos dar a oportunidade e removeremos céu e terra para isso”.
O pequeno Charlie, de 11 meses, sofre de uma doença congénita terminal , que provoca a fragilidade progressiva dos músculos e danos cerebrais. O hospital quer dar-lhe uma morte digna; os pais querem tentar um tratamento que nunca foi experimentado.