Cerca de três dezenas de líderes muçulmanos percorrem as cidades europeias atingidas pelos atentados nos últimos anos, numa marcha de “fraternidade contra o terrorismo”.
Partiram no domingo de manhã de Paris, com a primeira paragem na praça Breitscheid, em Berlim.
O imã da mesquita Dar As-Salam, de Berlim, Mohamed Taha Sabri, afirma: “Isto não é o Islão, não é religião. Isto são fascistas, terroristas, criminosos, que abusam de uma religião mundial, uma religião bonita”.
Nesta praça, um ataque com um camião matou 12 pessoas num mercado de Natal, em dezembro passado.
A paragem desta segunda-feira será Bruxelas.
Um dos organizadores da marcha, o imã da mesquita de Drancy, Hassen Chalghoumi, diz:
“Acredito que este é o nosso dever. Dos muçulmanos da Bélgica, da Alemanha, da França, da Itália, todos juntos a dizerem não ao terrorismo, ao ódio e à barabárie. Uma mensagem de fraternidade e amor”.
O imã de Lisboa, David Munir, classificou esta marcha como uma “iniciativa histórica na Europa”. Até ao dia 14 de julho a comitiva muçulmana vai prestar homenagem às vítimas em Londres, Nice, Toulouse ou Saint-Etienne-du Rouvray.
