A violência de ontem em Hamburgo está longe de ser um retrato dos mais de 100 mil manifestantes esperados na cidade.
Um ativismo pelo clima, pelos direitos humanos ou contra a globalização banido do centro, por razões de segurança, e lamentado por Norbert Hackbusch do partido Die Linke.
“Há alguma frustração pois não pudémos construir campos e isto é um insulto, que os governantes do mundo estejam instalados em hotéis de luxo e que as pessoas não tenham direito a acampar. Nós estávamos prontos a organizar tudo sem necessidade de pedir ajuda à cidade. Estamos perante um golpe contra a juventude da Europa que queria vir a Hamburgo manifestar-se”.
O primeiro protesto de ontem, batizado “bem-vindos ao inferno” reuniu 12 mil pessoas e várias causas explicadas pelos ativistas:
“É um grande evento durante dois dias e os políticos que participam, assim como o governo alemão já disseram na imprensa que não esperemos decisões revelantes, mas no entanto vai-se gastar entre 500 e 700 milhões de euros”.
“Eu nunca me preocupei com a política, mas decidi participar neste protesto por causa da decisão de Trump de se retirar do acordo de Paris sobre o clima. Penso que é preciso manifestar-se para impedir que ele faça algo que seria catastrófico para o planeta”.
“Toda a gente é bastante simpática, descontraída, pacifista, vemos aqui todo o tipo de pessoas, é algo impressionante”.
Até sábado, estão previstas cerca de 30 marchas com mensagens para Donald Trump, Vladimir Putin ou Recep Tayyip Erdogan. Protestos excluídos do maior perímetro de segurança de sempre criado para uma cimeira, cerca de 38Km2 que representam a quase totalidade do centro de Hamburgo.