A batalha de Mossul aproxima-se do fim, com as tropas iraquianas a controlarem já uma boa parte da cidade antiga, nomeadamente a mesquita onde Abou Bakr al-Baghdadi proclamou o autodenominado “califado”. Os combates estão a provocar um grande número de deslocados. Para o diretor do gabinete do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados em Erbil, Fred Cussigh, esta é uma população particularmente devastada: “Começámos com o leste de Mossul. Havia alguma malnutrição, um grande número de pessoas com trauma, passaram por muita violência. No oeste, a situação é cada vez pior. Quanto mais dura, mais afetadas as pessoas estão. A taxa de malnutrição é duas vezes maior que no leste. Há um nível de trauma que é enorme”, explica.
Recentemente, o exército iraquiano, com o apoio de uma coligação internacional, deu o “califado” criado pelo Daesh como extinto. No entanto, as tropas iraquianas não estão isentas de acusações: A organização não-governamental Human Rights Watch diz que durante esta operação foram agredidos vários civis desarmados, incluindo menores, e terá mesmo havido uma execução extrajudicial, a acreditar nos testemunhos.
.hrw - New Abuse, Execution Reports of Men Fleeing #Mosul by #Iraq govt forces https://t.co/vXx2jTI0wG— Sarah Leah Whitson (sarahleah1) July 1, 2017