João Doria se posiciona em episódio de agressão de GCM à morador de rua

2017-05-04 1

Pessoal, hoje ocorreu um episódio lamentável envolvendo uma pessoa em situação de rua e um GCM. Repudiamos a abordagem violenta. Nada justifica tamanha violência! A GCM vem desempenhando um trabalho humano e primoroso, que não condiz com este caso isolado. Confio nos procedimentos e na apuração dos fatos pela corregedoria. A verdade precalecerá e a justiça será feita.

Três funcionários da Guarda Civil Metropolitana de São Paulo agrediram um morador de rua durante abordagem nas proximidades Metrô Conceição, na Zona Sul de São Paulo, nesta quarta-feira (3).

O vídeo acima feito por um estudante que passava pelo local na hora mostra a ação dos três guardas que encurralam o morador de rua na tentativa de abordagem. Um deles chega a passar a perna no rapaz, que cai no chão e pede aos GCMs que não levem seus pertences embora. "Não leva meus bagulhos, não. Eu não tenho nada".

O morador de rua foi conduzido pelos guardas para o 35º DP e encaminhado para exame de corpo de delito com os GCMs.
Em nota, a Corregedoria Geral da Guarda Civil Metropolitana afirma que vai apurar a conduta dos agentes no procedimento, e que um deles será afastado. "Preliminar e temporariamente, o guarda envolvido diretamente na ocorrência será afastado das atividades operacionais."

Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania disse em nota que "a conduta dos guardas-civis metropolitanos envolvidos na abordagem do mencionado morados em situação de rua não condiz com a política e a orientação da Prefeitura de São Paulo, da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania e a Secretaria Municipal de Segurança Urbana. A Secretaria de Direitos Humanos irá acompanhar todo o processo investigativo."
O estudante de jornalismo Marcos Hermanson, que filmou a abordagem, acompanhou o morador. "Vim até o DP apresentar o vídeo para o delegado", disse Hermanson. Em seu relato no Facebook, ele afirmou: "Alguns agentes da Guarda Metropolitana tentavam remover os poucos pertences de um morador de rua: um colchão, alguns cobertores e um carrinho de supermercado, cuja nota fiscal o sujeito foi incapaz de apresentar".
Responsável pelos serviços de zeladoria, a Coordenação das Subprefeituras de São Paulo afirmou que está apurando o caso e que a regra é que a GCM não pode retirar os pertences dos moradores de rua.

Na Câmara Municipal de São Paulo, o vereador Eduardo Suplicy (PT) relatou a ação da GCM com moradores de rua nesta quarta-feira. "No ano passado, o prefeito Fernando Haddad baixou um decreto de como todos os servidores da Prefeitura, inclusive os GCMs, que são responsáveis por ações de zeladoria, que deveriam estar reforçando os moradores em situação de rua e não estar retirando os pertences", disse Suplicy.
"Se tivesse objetos grandes como carroças que atrapalhassem as vias, a Prefeitura se fosse levar deveria colocar um lacre naqueles objetos para os moradores em situação de rua pudessem comparecer ao local onde estariam armazenados os pertences para retirá los. Isso é algo que está desrespeitando inclusive a regra do governo federal de respeito a população em situação de rua."

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Prefeito de SP, eleito com mais de 3 milhões de votos em 1º turno. Empresário e jornalista, paulistano, apaixonado pela minha família e pela minha cidade.

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