No Egito, já foram a enterrar algumas das vítimas dos atentados deste Domingo de Ramos contra duas igrejas copta, uma minoria cristã no país.
O grupo ‘jihadista’ Estado Islâmico reivindicou responsabilidade pelos dois ataques que mataram pelo menos 44 pessoas e feriram mais de uma centena no Delta do rio Nilo.
Nos últimos meses, aumentou a frequência dos ataques contra a minoria cristã copta no Egito. Uma fiel, que assistiu às cerimónias fúnebres em Tanta, queixou-se da falta de “segurança”. Pergunta: “como é possível que alguém tenha conseguido entrar na igreja com um colete explosivo que pesava seis quilos?”.
Um padre lamenta que “pessoas que vivem no mesmo país”, com as quais os coptas partilham amizade, cometam “este tipo de atos”.
Em Tanta, os funerais tiveram lugar na igreja de São Jorge, onde ainda eram bem visíveis as marcas do atentado suicida cometido poucas horas antes.
Precisamente uma semana antes da Páscoa, o Domingo de Ramos no Egito ficou marcado pelo sangue.
Os ataques ficaram registados em vídeo.
Poucas horas depois do atentando em Tanta, outro bombista suicida detonava explosivos à porta da catedral de São Marcos, em Alexandria. Lá dentro, o Papa copta acabou por escapar incólume à explosão. Para o final deste mês, está agendada uma visita do Papa Francisco ao Egito.