Neil Gorsuch foi confirmado como o nono juiz do Supremo Tribunal dos Estados Unidos, que pende assim favoravelmente na direção dos conservadores norte-americanos e da agenda política de Donald Trump.
Depois de um braço-de-ferro de mais de um ano entre democratas e republicanos para preencher o lugar vazio desde a morte de Antonin Scalia, o Senado validou esta sexta-feira a escolha do presidente para o posto.
Os republicanos efetuaram uma alteração histórica nas regras da Câmara Alta do Congresso, reduzindo a maioria necessária no voto que confirmou, com 54 vozes contra 45, a nomeação de Gorsuch, que deverá assumir o cargo já na segunda-feira.
O líder da minoria democrata no Senado, Chuck Schumer, deixou um aviso: “Espero que o juiz Gorsuch tenha ouvido o nosso debate, em particular as preocupações acerca da deriva crescente do Supremo Tribunal numa direção cada vez mais pró-corporativa, que favorece os empregadores, as corporações e interesses especiais, em detrimento da classe laboral”.
Felicitada por Trump, que vê atualmente as capacidades de ação limitadas pelo poder judicial, a nomeação de Gorsuch que, ao ser vitalícia, influenciará provavelmente toda uma geração, é contestada por uma grande parte da sociedade civil nos Estados Unidos.