As autoridades de Gibraltar estão indignadas com a possibilidade de, após o “Brexit”, Espanha poder vetar qualquer acordo relativo ao pequeno território, no sul da Península Ibérica.
A cláusula do documento enviado por Donald Tusk aos 27 Estados-membros, com as linhas de orientação para a negociação da saída do Reino Unido da União Europeia, diz que após o “Brexit” “nenhum acordo entre a UE e o Reino Unido poderá ser aplicado ao território de Gibraltar sem um acordo entre o Reino de Espanha e o Reino Unido”.
El triunfo de la posición española sobre #Gibraltar enerva al Reino Unido https://t.co/zShITYoCxh— ABC.es (@abc_es) April 1, 2017
O ministro-chefe de Gibraltar, considera que a proposta é “injustificada” e “discriminatória”, em relação ao conclave. Fabian Picardo afirma que Madrid manipulou o Conselho Europeu para fazer valer os seus próprios interesses políticos.
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O governante referiu, ainda, que Gibraltar não será usado como peão para a política de Madrid, nem será uma vítima do “Brexit”.
Aquando do referendo sobre a saída do Reino Unido do bloco europeu, 96% dos cerca de 30 mil habitantes de Gibraltar votaram pela permanência.
Em dois referendos anteriores, em 1967 e 2002, a maioria da população votou para se manter como parte do Reino Unido, rejeitando a anexação a Espanha.
O Rochedo tem sido um dos pontos de discórdia entre Madrid e Londres desde o século XVIII.