A candidata da extrema-direita às presidenciais francesas apresentou o seu programa, na noite de quinta-feira, ao canal de televisão France 2. Marine Le Pen foi questionada sobre uma possível aproximação às políticas de emigração que estão a ser preconizadas por Donald Trump, nos EUA.
Sobre a não permissão de entrada de cidadãos, de determinados países, em França, a resposta clara:
“Está a perguntar-me se isso faz parte do meu projeto? A resposta é não.
Não vejo interesse nenhum em fazê-lo neste momento. Mas, se for eleita presidente da República e, amanhã, os serviços de segurança vierem ter comigo e disserem que está iminente um ataque terrorista, em França, e que foi planeado por residentes de um determinado país, nesse caso farei tudo para garantir a segurança dos franceses”, afirmou a candidata da Frente Nacional.
Mas há questões em relação às quais o posicionamento de Marine Le Pen é idêntico ao de Trump. Como a da deslocalização industrial:
Le Pen: “Farei o mesmo que Trump que foi bem sucedido em conseguir a relocalização de muitas empresas dos EUA. Mas explicarei às empresas que não querem continuar a construir os seus carros em França que a partir do momento em que passarem a importar carros para França pagarão impostos por isso.”
Repórter: “Quanto?”
Le Pen: “Veremos.”
Marine Le Pen segue à frente nas sondagens para a primeira ronda das presidenciais. Depois do escândalo que abalou François Fillon, a maioria dos franceses continuam a preferir que ele abandone a corrida. Ainda assim, a vitória na primeira volta não é sinónimo de que seja eleita Presidente.