A Comissão Europeia está despontada com o baixo nível de adesão dos Estados-membros ao programa de relocalização de refugiados e admite tomar medidas penalizadoras.
Numa conferência de imprensa sobre o mais recente ponto de situação, esta quarta-feira, o vice-presidente Frans Timmermans disse que “a Comissão pode iniciar um processo por infração, tem esse direito e certamente que o vamos ponderar, mas ainda espero que sejamos capazes de usar a persuasão no sentido político”.
“Penso que é muito injusto deixar o problema apenas nas mãos da Grécia e da Itália. Deve haver uma responsabilidade coletiva, de todos os Estados-membros, perante aquilo que se comprometeram a fazer”, acrescentou.
Portugal já recebeu quase mil dos 4500 refugiados da sua quota, mas a nível geral a percentagem de execução não chega aos 10 por cento.
Ao longo de um ano e meio, apenas cerca de 12 mil das 160 mil pessoas previstas deixaram a Grécia e a Itália para viverem noutro Estado-membro.
Alguns países, sobretudo no leste europeu, recusam-se a receber um único refugiado do programa que começou em setembro de 2015.