A esquerda francesa lança-se dividida na batalha para as presidenciais de maio, entre o Partido Socialista e o movimento da “França insubmissa “ de Jean-Luc Melenchon.
O dissidente socialista e político antisistema de 65 anos lançou a sua pré-campanha, este domingo, com dois comícios simultâneos, em Paris e Lyon, graças a uma projeção holográfica.
Com cerca de 11% das intenções de voto, Melenchon, atacou-se antes de mais à extrema-direita de Marine Le Pen, na questão da imigração, defendendo igualmente uma renegociação dos acordos com a União Europeia.
“Enquanto estivermos sob o pacto orçamental europeu não vai ser possível avançar com uma política progressista. Temos que sair destes pactos, é a principal condição para podermos ter uma mudança”, afirmou Melenchon.
Mais à frente nas sondagens, com 17% de intenções de voto, o candidato do partido socialista foi oficialmente investido em Paris.
Benoit Hamon descartou ser o “homem providencial da esquerda” quando continua sem fechar a porta a uma aliança com Melenchon.
O comício de Paris sublinhou uma vez mais a fratura ideológica do PS, face à ausência de membros do atual governo ou da linha mais ao centro da formação.