Os refugiados da minoria Rohingya no Bangladexe acolheram com satisfação o relatório das Nações Unidas sobre alegadas atrocidades cometidas pelas autoridades da Birmânia sobre este povo, um relatório que fala mesmo em limpeza étnica.
“Ao fim de muito tempo, a ONU disse, num comunicado, que estamos a ser perseguidos. Por isso, estou agradecido à ONU e à equipa jurídica das Nações Unidas e à visão que tem do mundo. Espero que o vosso trabalho possa ter como resultado a solução dos nossos problemas”, diz Mohammad Younus, um refugiado.
A Prémio Nobel da Paz e conselheira da presidência, Aung San Suu Kyi, prometeu investigar as alegações. Suu Kyi, opositora histórica contra a junta militar na Birmânia, é agora a líder de facto do país.
Os Rohingyas, de maioria muçulmana, são naturais do Estado de Rakhine, no norte da Birmânia, palco de uma guerra civil. Depois de ações de grupos armados Rohingyas, o exército birmanês lançou uma ofensiva em outubro, que fez centenas de mortos e dezenas de milhares de refugiados.
Apesar das pressões da Birmânia, a Malásia está a ajudar os Rohingyas com ajuda alimentar. Esta sexta-feira, saiu um navio carregado de comida para o Estado de Rakhine.