Na Grécia, cresce a contestação às condições em que vivem os migrantes e refugiados nas ilhas, depois de uma terceira morte no campo de Moria, na ilha de Lesbos.
O homem, um paquistanês de 20 anos, foi encontrado morto na tenda onde vive. Um outro homem, com quem dividia a tenda, foi internado em estado grave. Antes, dois outros homens, que também dividiam uma tenda no mesmo campo, morreram devido à inalação de fumos de um aquecedor.
“Vivemos aqui como animais, ninguém consegue ficar aqui, além de que o procedimento de asilo, na Grécia, é arcaico”, diz Hermand Iyemenvili, congolês. Segaurin Najib, migrante argelino, acrescenta: “As condições são desumanas, dentro das tendas está muito frio, estamos aqui como animais”.
Estima-se que pelo menos 3000 pessoas estejam a viver neste campo de refugiados, numa antiga base militar. A Grécia acolhe neste momento 60.000 migrantes e refugiados: “Neste momento, a Grécia não pode apoiar, financeiramente, nem sequer o seu próprio povo. As empresas fecham e os próprios gregos estão a tornar-se migrantes noutros países. Por isso, a Grécia não pode aceitá-los”, diz Dakis Makrakis, residente em Lesbos.