As chamas continuam indomáveis nos piores incêndios de que há memória na história do Chile.
O fogo no centro e sul do país já consumiu perto de 280.000 hectares, uma área maior do que o Luxemburgo.
A seca, que dura há cerca de uma década, temperaturas a rondar os 40º C e ventos fortes formaram uma combinação infernal, que arrasou localidades inteiras, como foi o caso de Santa Olga, próximo de Constituicíon, onde as mais de 1200 casas ficaram reduzidas a cinzas.
Na aldeia, que vivia da exploração florestal, os habitantes combateram o fogo durante “dois dias”, mas apesar de terem preparado “corta-fogos”, as “chamas arrasaram tudo”, recorda um residente.
Mais a sul, na região de Bío-Bío, o cenário de destruição é semelhante.
México, Peru, Colômbia, Estados Unidos, Espanha, França e Rússia enviaram meios de ajuda para combater os incêndios, que já deixaram entre 6000 a 7000 chilenos sem teto.
A proprietária de uma quinta afirma que “fogo destruiu mais de 300 hectares” da exploração e matou cerca de “25.000 galinhas”.
Os incêndios já fizeram 10 mortos, quase todos bombeiros.
Ao final de quinta-feira, 46 meios aéreos, cerca de 4.000 efetivos e um sem número de populares combatiam mais de uma centena de incêndios, a maioria ainda fora de controlo.
A presidente Michele Bachelet decretou o estado de emergência.