A polícia alemã lançou esta quarta-feira uma vasta operação contra um grupo de extrema-direita suspeito de planear vários ataques armados no país.
As autoridades realizaram rusgas quase em simultâneo em mais de uma dezena de casas em seis Estados, pertencentes a seis suspeitos, alegadamente os fundadores do grupo armado batizado “Cidadãos do Reich”.
Pelo menos duas pessoas foram detidas durante as rusgas que permitiram apreender várias armas e munições.
“O potencial terrorismo de extrema direita está a ser prevenido pelas autoridades de segurança. Isto está demonstrado com as medidas tomadas hoje e as proibições do ano passado. O estado de direito também está determinado e vigilante”, explica o ministro alemão do Interior, Thomas de Maizière.
Segundo a polícia, desde o ano passado que o grupo estaria a preparar ataques contra a polícia, cidadãos de confissão judaica e refugiados.
A investigação ocorre meses depois das autoridades terem desmantelado um movimento neonazi batizado “Sociedade da Velha Escola”.
O grupo dos “cidadãos do Reich”, com mais de 10 mil membros na Alemanha, reúne neonazis, adeptos da teoria da conspiração e do esoterismo.
Os líderes do movimento fazem-se mesmo apelidar de “druidas celtas”, utilizando as redes sociais para disseminar apelos à violência contra judeus e muçulmanos.
De acordo com fontes dos serviços secretos alemães, citadas pela imprensa do país, a militância da extrema-direita é cada vez mais numerosa e violenta.
Dos 23 mil militantes registados no ano passado – mais 500 do que no ano anterior – pelo menos 12.100 defendem o recurso à violência.
Em Agosto, um homem de 41 anos que reivindicava a sua pertença ao grupo tinha aberto fogo sobre a polícia, durante uma operação de despejo em Reuden, no norte do país.