Donald Trump acredita que, além de ter ganho as eleições com a maioria do colégio eleitoral, também ganhou em termos de voto popular, apesar de os números dizerem o contrário.
O presidente americano anunciou, no Twitter, que ia pedir inquérito à alegada fraude eleitoral que, segundo ele, fez com que vários milhões de imigrantes ilegais e até alguns mortos estivessem inscritos nos cadernos.
I will be asking for a major investigation into VOTER FRAUD, including those registered to vote in two states, those who are illegal and….— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) January 25, 2017
even, those registered to vote who are dead (and many for a long time). Depending on results, we will strengthen up voting procedures!— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) January 25, 2017
Apesar das afirmações de Trump na rede social, defendidas depois oficialmente pelo porta-voz para a imprensa Sean Spicer, não há quaisquer provas que tal fraude tenha existido.
Quem já reagiu foi o senador independente Bernie Sanders, candidato presidencial derrotado nas primárias do Partido Democrata: “Essa declaração faz-me medo. O que mais me preocupa é que, ao dizer que há três a cinco milhões de ilegais a votar, está a mandar uma mensagem a todos os governadores republicanos para que eliminem pessoas dos cadernos eleitorais. A grande crise democrática e política que enfrentamos não é a fraude eleitoral, mas a supressão de eleitores”, disse.
Hillary Clinton teve, segundo os números oficias, cerca de três milhões de votos a mais que Trump. Os Estados Unidos não permitem o voto de estrangeiros nas eleições federais e, por enquanto, nada prova as alegações de Trump.
No entanto, normalmente não é exigido nenhum documento a provar a cidadania ou a identidade no momento de votar.