A extrema direita europeia mobiliza-se com a aproximação de escrutínios cruciais na Holanda, França e Alemanha. Galvanizados pelo Brexit e pela chegada de Trump à Casa Branca, a alemã Frauke Petry, a francesa Marine Le Pen e o holandês Geert Wilders mostraram a unidade populista no sábado em Koblenz, na Alemanha.
Todos apresentaram o mesmo discurso: o regresso dos estados nação, o controlo das fronteiras e o fim das políticas de acolhimento dos migrantes. As mensagens que os fizeram subir nas sondagens nos respetivos países: na Holanda, o Partido da Liberdade (PVV) de Geert Wilders lidera as sondagens para as legislativas de 15 de março; em França, Marine Le Pen, do Front National, tem grandes hipóteses de passar na primeira volta da eleição presidencial de 23 de avril e ser uma das candidatas finais da segunda volta a 7 de Maio; na Alemanha, o AfD de Frauke Petry prepara-se para se tornar a terceira foça política e para entrar no bundestag, o parlamento alemão, nas legislativas de setembro.
Em apoio à sua colega Frauke Petry, anfitriã do encontro de Koblenz, o holandês, Geert Wilders faz a apologia de uma Alemanha forte:
“A Europa precisa de uma Alemanha forte, confiante e orgulhosa, uma Alemanha que defenda a sua cultura, identidade e civilização. A Europa precisa de Frauke no lugar da Angela.”
Petry , por seut turno, vaticinou à Europa o mesmo que aconteceu à França de Napoleão, à Alemanha nazi ou à Rússia Soviética – os desmantelamento. A sua ideia de Europa é a seguinte:
“Todos mantemos a mesma opinião, a de que cada país deve decidir por si próprio o que é melhor. Estes pontos comuns são cruciais para nós. Todos os partidos reprtesentados aqui querem uma Europa subsidiária de países livres. Estamos todos de acordo ainda que haja diferenças em alguns detalhes. Isto não é uma contradição”.
Marine Le Pen prometeu um referendo sobre a União Europeia se fôr eleita presidente da França: “No dia a seguir à minha eleição vou à União Europeia pedir o regresso das quatro soberanias: a soberania territorial; a soberania monetária; a soberania económica e a soberania legislativa.
O encontro de Koblenz, Organizado pela Europa das Nações e das Liberdades, o grupo mais pequeno do parlamento europeu, interditou o acesso a vários medias alemães.