Pode-se tornar no maior protesto na história dos Estados Unidos. Este sábado, dezenas de milhares de pessoas devem vir para as ruas de Washington para participar na “Marcha das Mulheres”, uma manifestação de protesto anti-Trump e de apoio às minorias.
Algumas celebridades, como Scarlett Johansson e Katy Perry, também querem participar. A cineasta Rebecca Rodriguez participa pela primeira vez numa marcha, porque considera que Trump não é apto para ser Presidente.
“Eu vejo um indivíduo que, com as suas palavras, incentiva ao ódio e violência contra as comunidades marginalizadas da nossa sociedade,” afirma Rebecca Rodriguez.
Para os participantes, há uma multitude de motivações: direitos dos homossexuais, controlo de armas, direitos dos imigrantes, igualdade de salários, direitos do aborto, justiça racial, mudanças climáticas.
“As pessoas que vão ser a maior pedra no sapato desta administração, serão as mulheres desta nação,” considera a co-presidente da iniciativa nos Estados Unidos, Linda Sarsour.
A motivação para esta “Marcha das Mulheres”, que se tornou viral nas redes sociais, foram os controversos comentários que Trump fez sobre as mulheres (em 2005) e que vieram à tona durante a campanha eleitoral (em 2016).
“Tenho que usar Tic Tac. Só para o caso de a começar a beijar. Eu sou automaticamente atraído por mulheres bonitas. Começo logo a beijar. É como um íman. E quando começas, elas deixam. Tu podes fazer tudo,” foi um dos controversos comentários de Trump.
Além de Washington, centenas de protestos simultâneos devem acontecer em todo o território dos Estados Unidos e marchas de apoio estão previstas em mais de 30 países.
Em Portugal, a marcha vai acontecer em Lisboa, Porto, Coimbra, Braga e Faro,
Em Londres, mais de 10.000 pessoas devem participar na marcha, que será, provavelmente, uma das maiores fora dos Estados Unidos da América.
Entre os manifestantes de todo o mundo, estão todos os tipos de ativistas. A iniciativa mais popular é, certamente, a que surgiu na Califórnia e que pretende fornecer gorros de lã cor-de-rosa aos participantes na marcha de Washington.
“Sempre que penso “Ok, já chega; já fiz o suficiente,” acontece algo ou leio algo nos jornais sobre Trump e fico com vontade de fazer mais. Não quero que falte um gorro a ninguém,” revela Marina Montros, enquanto faz mais um gorro de lã.