Donald Trump: "O poder ao povo" e "América Primeiro" no primeiro discurso presidencial

2017-01-20 1

“Hoje estamos a transferir o poder de Washington para o povo”, foi assim que Donald Trump iniciou o seu primeiro discurso como 45o presidente dos EUA.

O republicano assumiu as rédeas dos EUA com o mesmo tom dos comícios de campanha, mas com vários apelos à união, entre discurso patriótico e referências bíblicas.

“Não estamos apenas a transferir o poder de uma administração para a outra, de um partido para o outro, mas estamos a transferir o poder de Washington para restituí-lo a todos, ao povo”.

O novo chefe de Estado prometeu ser o presidente de “todos os americanos”, quando a sua subida ao poder, como a sua campanha, voltam a ameaçar dividir o país.

“Nós, os cidadãos da América estamos agora juntos num grande esforço nacional para reconstruir o nosso país e restarar as suas promessas para o povo. Juntos vamos definir o rumo da Amériica e de todo o mundo durante muitos e muitos anos”.

Num discurso de cerca de 20 minutos, Trump resumiu a sua política estrangeira à questão dos acordos comerciais e da luta contra o terrorismo, evitando falar da NATO.

“Vamos reforçar as velhas alianças e formar novas. Vamos unir o mundo civilizado contra o islamismo radical, que vamos erradicar completamente da face da terra”.

Um discurso com palavras inéditas numa investidura como “massacre”, “sangrar” ou mesmo “enferrujado” que marca uma ruptura com as grandes “homilias” do seu antecessor.

“Vamos tornar a América mais forte de novo, vamos torná-la mais próspera, vamos torná-la orgulhosa de novo, vamos torná-la segura de novo”.

Ao contrário de Barack Obama, que se despede de oito anos de mandato com 60% de opiniões favoráveis, Trump assumiu a presidência com 40% de popularidade, um dos níveis mais baixos de sempre à entrada da Casa Branca.

View of #Inauguration mall crowds from 7th St. Full behind me but sparse in mid-section pic.twitter.com/60CPUwW928— Monica Alba (@albamonica) January 20, 2017


A praça frente ao Capitólio esteve longe da sua capacidade habitual de 900 mil pessoas.