Pelo menos 50 pessoas morreram e mais de uma centena ficaram feridas depois do exército nigeriano ter bombardeado por engano um campo de refugiados no norte do país.
O ataque aéreo ocorreu durante uma operação militar contra o grupo terrorista Boko Haram.
Entre as vítimas encontram-se pelo menos três funcionários da Cruz Vermelha nigeriana.
O responsável da operação, o general Lucky Irabor, reconheceu e lamentou o sucedido, sem avançar com um número de vítimas:
“Infelizmente este ataque afetou vários residentes da zona. É o resultado da névoa da guerra. É uma situação infeliz e é por isso que esta guerra tem de terminar”.
O campo de refugiados de Rann está localizado no estado de Borno, o bastião do grupo armado.
A organização Médicos Sem Fronteiras, que opera no campo, denunciou “um ataque inadmissível, em grande escala contra pessoas vulneráveis”.
O bombardeamento ocorre num momento em que o Boko Haram lançou uma nova vaga de ataques no noroeste do país, depois de acumular várias derrotas face à força multinacional que reúne militares da Nigéria, Chade e Camarões.