Em França, e em quatro semanas mais de 700 mil pessoas, com sintomas de gripe, foram vistas por médicos. E o pico da doença só deverá ser atingido na próxima semana, diz a Agência para a Saúde Pública francesa.
A gripe sazonal é uma preocupação para as autoridades mas, de acordo com a ministra da Saúde gaulesa, a situação está controlada:
“A mobilização continua, e é necessário mantermos a vigilância; os hospitais enfrentam, hoje, uma situação tensa, mas, em caso algum “a rebentar pelas costuras”, apesar da pressão. Desde que as medidas que pedi foram implementadas a pressão está a diminuir”, afirma Marisol Touraine.
No Reino Unido há outro tipo de problemas no setor da saúde. A imprensa britânica escreve que os hospitais estão sobrelotados, que a situação não vai melhorar nos próximos dias devido à vaga de frio, inabitual, que se vai intensificar.
Vários hospitais foram obrigados a tomar medidas de exceção. Alguns deles cancelaram mesmo operações a pacientes com cancro.
Os doentes queixam-se das deficiências no atendimento:
“Eu estava muito assustada. Só queria ir para casa. Ninguém se ocupava de nós. Pedíamos ajuda e ninguém respondia. Vimos pessoas a tentarem sair das camas, aflitas e ninguém a tomar conta delas”, adianta uma paciente britânica, Pat Nicholson.
Em relação a Portugal a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico, num relatório publicado quarta-feira, diz que há uma “utilização indevida dos serviços de urgência” no país, que é “dispendiosa e potencialmente perigosa para os pacientes”.
A OCDE escreve que, pelo menos 31% dos casos que chegam às urgências podiam ser resolvidos de outra forma.